quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Remendos

Acredito que a vida é como uma colcha de retalhos. Escolhas se amarram tecendo nosso destino, com um toque do acaso, que a torna por fim tão irregular. Aos poucos a colcha vai crescendo, deixando para trás uma série de lembranças, que se tornarão essenciais em cada ponto dado na construção de nossa vida. Algumas vezes surgem buracos, feitos por tristezas que sempre carregaremos e continuarão a nos influenciar. É nesse momento que recorremos aos remendos, tentando apagar a dor por aquele buraco aberto, e todo o vazio que ele traz. Mas um remendo não apaga vazios nem leva embora a dor que ali habita, ele apenas mascara o que realmente existe ali. Muitas vezes preferimos usar remendos a tentar costurar de novamente a colcha, na esperança que o buraco não aumente e que com o tempo esqueçamos que ele existiu, mas ele sempre estará lá e quando menos esperarmos, vamos sentir de novo ele aberto, trazendo de volta a dor e a vontade de que tudo fosse diferente.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Um dia



Um dia percebemos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem!
Você não só esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificados como "o bonzinho", não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga, é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
Um dia perceberemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia perceberemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde de mais...
Enfim... Um dia descobriremos que apensar de viver quase 100 anos, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação. 



Mario Quintana

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sinto falta

Eu sinto falta dos bons momentos,
dos sorrisos, dos beijos,
sinto falta de estarmos sozinhos, de segurar na sua mão
sinto falta de ouvir sua voz, um sussurro,
sinto falta dos segredos, sinto falta dos olhos, da boca,
sinto falta de confiar,de dizer te amo,
sinto falta de escrever para você, até mesmo de desenhar,
sinto falta de muitas coisas, sinto falta de ficar preocupado,
mesmo que ainda esteja, sinto falta das palavras, das atitudes,
sinto falta das brigas, das reconciliações, sinto falta de todas essa falta
mas ainda posso ser feliz, por que mesmo depois de tudo isso,
eu ainda consigo sentir.



Angeliski

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O grito desesperado do despertador anuncia que mais um dia rotineiro está por vir. O mal humor ainda é frequente, mas já não abro mais os olhos repleto de tristezas. É curioso ver como o destino haje. Primeiro nos dá uma vida perfeita, onde sonhos parecem poder ser realidade e que bons sentimentos ainda valem a pena. Nos faz crer e esperar pelo amanhã, e a planejá-lo para torná-lo ainda mais feliz. Mas do nada esse mesmo destino nos tira tudo que mais amamos, e nos joga no vazio, sem perspectivas, sem sonhos, presos a suas vontades, e não a nossas ações e planos. Do nada o destino faz a vida que tanto amamos perder o sentido, e é nesse momento que a tarefa mais difícil da vida começa: a busca por um novo caminho.

É engraçado e cruel como às vezes o acaso age contra nós. Tantos medos acabam nos corrompendo a tomar a decisão errada, que por muitas vezes acabam por ser irreversíveis. O grande dilema sempre no bate a mente: busco reconstruir o passado que tanto me fez feliz e que tanto quero ou busco um outro caminho que me leve para longe de tudo o que me traz dor? Mas como sempre, essa não é uma escolha nossa.

É preciso buscar forças para enfrentar sempre os desafios que encontramos por nossos caminhos, e estar sempre disposto a acreditar no que parece impossível (que muitas vezes acaba sendo a verdade irrefutável) e a trilhar novos caminhos. As vezes a solução para nossos problemas está bem na nossa cara, mas de formas tão improváveis e com aspecto tão impossível que fechamos a porta para uma grande chance de novamente ser feliz. Não importa quais são nosso desejos mais profundos e nem se eles parecem ser possíveis ou não. O que importa é que nunca devemos abandonar e tentar esquecer aquilo que no nosso íntimo nos realmente querermos, mesmo que anos se passem na busca de um objetivo e por vezes tenhamos que deixá-lo de lado, nunca devemos desistir dos nossos sonhos.

Podemos estar correndo, andando ou mesmo rastejando, o importante é nunca desistir e ficar pelo meio do caminho.

Vou adormecer e espero que amanheça para ouvir novamente o grito insistente do despertador no meu ouvido, e mesmo com todo o mal humor de estar acordando, vou me encher de esperança. Mais um dia esta nascendo, e mesmo que durante a semana eu vá ter apenas alguns segundos para sonhar, são esses segundos que vão me manter caminhando, independente da estrada que me seja permitido seguir.

domingo, 22 de maio de 2011

Divagando...

Tarde de domingo, o anoitecer se aproxima trazendo consigo a tristeza. Pensamentos ruins, lutas ruins, mesmo o dia que poderia ser bem visto se enegrece diante de momentos pontuais, escolhas, sempre as malditas escolhas que levam meus sorrisos. Às vezes eu maldigo o livre arbítrio apenas pelo fato dele causar essa loucura na minha vida, essa tristeza que parece não ter cura. Pensamentos se acumulam gerando a dor, gerando a depressão, como uma ancora que leva para o fundo do pensamento, uma prisão construída com o material mais duro de todos, o pensamento. Aprisionar se é apenas uma parte dessa sentença tão irracional que minha mente me condena, as torturas, as limitações, elas sim são a pior parte. Ou seria o pós, sim, o pós. Porque existem momentos bons, dias bons, mas eles parecem uma miragem no deserto do viver, como um oásis que se coloca ali apenas para que o viajante não morra, mas desaparece por milhas deixando a sede corromper toda a razão do pobre homem, rindo do sofrimento com suas miragens tão reais, brincando com o certo e errado. Minha mente entra num jogo, às vezes ela sorri, ela desenha a historia de vitorias, desenha minhas conquistas, desenha os planos e a vitória esta ali, escrita como deve ser, e naquele exato momento, me sinto invencível, imparável. Então vem o golpe, não de um lugar, vem do tudo e do nada, vem da onde nada se vem, ele derruba, arrasta sangrando esperanças, consumindo planos, criando lagrimas que não estavam desenhadas. Nessa hora lembro-me das coisas boas, como se confeccionasse uma corda para sair do fundo, lembro-me dos momentos bons, lembro-me dos bons amigos, lembro-me dos momentos onde ouvi verdades que me fizeram ser quem sou. Quem sou, será mesmo que eu sei...

sábado, 21 de maio de 2011

1.2.3.

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Mais uma respiração. Mais um momento dificil.
Milhoes de pensamentos correndo em todas as direções, escolhas, desejos. Tudo ali em movimento.
Minha mente tenta absorver o mundo de uma vez, acertar em todas as escolhas, saciar todos os desejos,
fazer todos felizes. Talvez por isso a loucura tenha tanta participaçõ nas eventualidades a minha volta,
talvez por isso meu ser se isola do mundo em busca da resposta, em busca da chave do enigma.
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Pensamentos disparam de novo e de novo, penso nela, penso neles, penso no que sou, o que serei,
quem queria ser, minha mente começa a projetar o futuro, não UM futuro, mas todos eles, fortuna,
fama, felicidade, aventura, superpoderes...Sim, a loucura tambem desenha em conjunto, a imaginação se liberta como se achasse engraçado desrepeitar as leis da fisica. Mas quem sabe minha mente não esta certa? Outros homens já acharam que as leis da fisica não eram como deveriam ser e escreveram eles proprios as leis, que agora são como tem de ser, pelo menos até alguem discordar delas por ai...
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Tudo começou com uma respiração, mas em nenhum momento é possivel ver onde a respiração se conecta a desafiar as leis da fisica. Grandes pontes mentais, uma corrida inabalavel para pensar em tudo, aprender tudo, resolver tudo, como um grande solucionador de problemas. As divagações não são problema, mas a minha mente não contem apenas divagações, ela contem tudo, contem meu futuro, meu passado, quem sou, quem fui, quem serei, qual caminho tomar, meus medos. Os amores não, eles não estão na cabeça, mas não importa.Porque? Simplesmente porque a minha mente é quem desenha eles, é quem da forma ao querer, ao desejar, ao ter e libertar, ela governa onde vou e como vou, quem sou e porque sou, ela projeta a minha alma. Talvez por isso ela tenha feita amizada com a loucura,só assim para projetar minha alma para o mundo.




Angeliski

Gostar de Mulher

Rafael Martí

Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo na Uerj, fui assistir a uma palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda. Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase: "para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher".

Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou.

-- Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo. Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso - afirmou.

O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher. Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita.

Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente.

Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar com o modo com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso.

Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo a não ser o de ver seu sorriso.

É escutar pacientemente todas as queixas da chefa rabugenta, que provavelmente é assim porque seu homem não gosta de mulher.

O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida.

O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade.

"Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro", afirmou Vinícius de Morais no poema Para viver um grande amor.

Para amar verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira vez.

O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para lhe seduzir várias e várias vezes, esse, minha amiga, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher.

Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Nós que gostamos de mulher é que conquistamos várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino.

Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade. Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês, por incrível que pareça, para um nacionalista e anti-imperialista convicto. É a Have you really loved a woman? do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer "você já amou realmente uma mulher?". Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dar-lhe apoio, para amar realmente uma mulher.

Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de transar com mulher é fácil. Agora gostar de mulher é dificílimo. Precisa ser homem de verdade para isso. Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sensibilidade.

Mensagem Enviada por Wilma Santiago


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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Amor e outras divagações

As vezes eu penso nela. Mentira, as vezes eu PARO de pensar nela.
Não posso dizer que é a mulher mais bonita do mundo. Ah não ser pra mim.
Seu sorriso me faz bem, me faz mal também. Quando vem para mim é como a cura que sempre busquei.
Quando para outros é como a doença que nunca quis.Camões não sabia de nada,amor doi como nenhuma
outra coisa, não se sente? Queria eu que isso fosse verdade, queria que essa dor não viesse.
Realmente um contentamento descontente, mas só as vezes, na maior parte dos sorrisos é algo único.
Amor é uma palavra idealizada, não pode ser explicado, palavras são frageis demais para "desenhar" algo como o amor, sensações podem levar seu ser mais proximo dele, mas mesmo assim só se sabe o que é amor quando se sente ele. Para alguns isso se torna tristeza por eles acharem que nunca experimentaram Amor, outros sempre se acham amando mesmo sem a essência da palavra estar presente em suas vidas.Amor não é apenas físico, beijar, abraçar, pegar, se agarrar, isso tudo não torna você alguém que ama. Carinho, afeto, respeito, gentileza, isso também não. Amar é mais,ou numa definição que ouvi de outrora, é onde o profano e o sagrado se equilibram. Isso tudo começou por causa de uma mulher, mas a minha mente divaga, se entrelaça em coisas que são e que não são, mas o que importa... Boa pergunta, talvez um dia eu descubra.


Angeliski

sábado, 14 de maio de 2011

Vida Simples

Acho que a vida poderia ser mais simples. Se déssemos menos importância para as coisas ruins, e notássemos as boas. Se nos apaixonássemos mais, por varias mulheres ou pela mesma. Se a gentileza estive presente mais vezes no nosso dia. Se a tristeza deixasse nossas vidas, em qualquer forma, mas que fosse embora sem carregar nenhuma parte importante dela. Sim. Admita para você mesmo, sua vida poderia ser mais simples se você parasse de olhar para o que não importa e desse atenção para o que importa. Para as mulheres que importam na sua vida, para os amigos que importam, para os desafios que importam, os momentos, os detalhes insignificantes. Passamos nossas vidas complicando tudo, os amores, as conversas, os trabalhos, complicando decisões que são simples em todos os ângulos. Choramos por amores que não são nossos, brigamos com amigos que nos acompanham por toda uma vida, gritamos com as pessoas que nos amam, por bobagens. Irritamos-nos no dia-a-dia sem um motivo que realmente importe por vezes um esbarrão no ônibus geram brigas. Tudo poderia ser mais simples se colocássemos mais foco no que fazemos, se não deixássemos de correr atrás de quem e do que amamos, se prestássemos atenção que tem coisas que não valem a pena desperdiçar tempo e que tem coisas, tem pessoas que precisam do nosso tempo. Ame sua vida, e entenda que a única parte difícil nela é a que você constrói.



Angeliski

domingo, 8 de maio de 2011

Você já sentiu medo?

Um medo frio da vida. O que vou ser amanha? Quem sou eu hoje?
Quais minhas metas. Meus planos. Serei casado daqui a dez anos. Terei filhos.
O medo ri das minhas perguntas, acha engraçado tantas duvidas, ele me acompanha, sempre parando em antes de mim para sussurrar “Se você errar não vai haver outra chance.”
Não acredito, mas ele vence as barreiras da mente, da logica indo exatamente onde eu não tenho controle, rindo ele penetra meus pensamentos, angustia meus movimentos, sinto a tensão nos músculos, a pressão do mundo. O desespero vai se aconchegando nas brechas da minha mente, a batalha vai pouco a pouco perdendo o sentido, vai se tornando um vaguear de ideias que antes eram fortes, que agora se tornaram bobagens de um tolo. Sento no banco. Olho para o céu, procurando uma estrela, Qualquer uma serve. Encontro uma lá longe, tímida, brilhando bem fraquinho, mas ela serve. Viro-me para o medo e encaro-o enquanto ele para de rir.
“Qual o problema garoto, ficou com medo de andar também?”
“Não. Queria te mostrar uma coisa.”
Curiosidade, não importa onde, ela sempre existe.
“O que ? Mostre de uma vez!”
“Esta vendo aquela estrela? Lá no alto?”
“Sim, que tem ela?”
“Eu vou chegar até lá!”
O medo para espantado, descrendo das palavras, o choque da coragem mutila seus ataques. Antes que ele se recupere continuo.
“E depois que eu chegar naquela estrela, vou para outra, e para outra, até que todo o céu esteja na palma da minha mão.” Um sorriso para ele. Levanto-me e vou embora. Não preciso olhar para trás para saber que ele não me segue agora. Até mais medo, quando você esquecer-se de min, nos encontraremos de novo. Afinal, eu nunca esqueço o medo.

Angeliski

Apaixonado

Confesso, sou um eterno apaixonado, um que ama intensamente, não uma coisa só. Seria impossível amar UM algo com tantas coisas no mundo, mas amo apenas aquelas que minha mente tão habilmente enxerga. Poderia “resumir” de modo humilde minhas paixões em duas classes. A primeira é pelo saber, a pura arte de aprender, você de exatas já teve aquele dia inesquecível em que resolveu uma Integral definida e descobriu a área da figura, CARA E MUITO LOKO! E fantástico a animação que sobe no peito quando o professor começa discursar sobre todas as possibilidades do meu ramo, sobre tudo que ele vai ensinar, a logica, a matemática, a filosofia, não importa qual seja o conteúdo com tanto que ele me prenda. Nesse momento importa aprender, importa absorver o máximo, e os sonhos. Ah, os sonhos matemáticos onde milhares de teoremas surgem apenas das conclusões obvias, onde minha mente enxerga padrões que parecem ser idiotas, mas que ninguém nunca vai reparar neles, as definições interagindo entre coisas que nunca houve ligações. Loucura e uma palavra certa para apaixonados, também a ansiedade se faz presente na minha vida constantemente, o foco tem de ser relembrado de modo constante. A outra paixão, essa mais triste por consequência da vida, são as mulheres. Não me entenda mal nem me julgue por cafajeste, não amo todas as mulheres, existem apenas três. As Três Mulheres da minha vida. A primeira eu definiria como um furacão. Veio e literalmente sacudiu minha vida, me trouxe sorrisos, me trouxe tristezas, me trouxe um aprendizado que não queria ter, mas que se fez necessário. Seu olhar sem duvida, foi por isso que me apaixonei por ela e por mais que seja confuso a outras pessoas eu sei que amo ela, e sei também que isso é um estado perpetuo, inalterável. A segunda eu me apaixonei por ela vendo o modo como ela enxerga o mundo, o modo como ela me olha, como olha Deus, como olha tudo. Engraçado é eu nunca ter me relacionado com ela, complexo explicar o porquê, mas eu diria que é por saber que não há um “nós dois”, mesmo que eu a ame, nossas almas são vibrações distintas. Eu diria que ela é minha alma gêmea, uma parte que falta em minha, que me balanceia, e não se apeguem ao conceito de que almas gêmeas tem de casar ter filhos, um ser que completa o outro não precisa necessariamente ter de se casar com ele. Sim, é complicado, e levaria mais que uma vida explicar meus pensamentos, por isso vamos há ultima das três mulheres. Não a deixei por ultimo sem motivo, foi por não saber definir ela. Não posso dizer que ela é a mulher mais linda do mundo, mas garanto que se fossem meus olhos que você usasse veria nela a maior beleza da criação. Não posso dizer que suas ideias são as melhores, mas a defesa, o modo que ela luta para ser quem é. Engraçado, não sei dizer porque eu amo ela, só sinto aquele aperto no peito, uma vontade louca de estar com ela, parte de min chama de obsessão, talvez até seja, mas acho que não. Eu sinto falta dela, sinto falta de beijar ela, sinto falta de abraçar ela, falta de vê-la sorrindo pra min. Está além de min, definir ela, definir esse sentimento, seja ele bom ou ruim, já fui melhor em me expressar, mas acho que isso ficou com ela, como um preço pela sanidade. Pelo menos fiquei com meus dramas, ainda assim queria poder refazer o que quer que eu tenha feito de errado. A pior parte, não saber se tem algo, nem se poderia ser diferente, tentar não remoer isso em min. Paixão as vezes é uma droga, ainda mais se você for apenas um pouco parecido comigo, felizmente existe gente que ama sem amar, e se apega sem apegar. Felizmente? Não sei a resposta.


Angeliski

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Lutar... e nunca deixar de lutar

Fechei os olhos. Respirei fundo. Exatamente nesse instante, o vazio me tomou. Invadiu minha alma e levou consigo tudo que eu tinha comigo. Levou minhas conquistas... Levou meus sonhos... Levou minha felicidade. Aos poucos sinto tudo que há em mim se esvair, deixando um espaço gigantesco para a dor fazer sua morada. Para se estabelecer e prosperar onde antes havia vida.

Agora o vazio se confunde a mim, e parece muitas vezes ser tudo que hoje eu represento. Mas ainda consigo encontrar um pouco de mim que ainda sobrevive dentro de mim. Uma pequena fração que não se conforma em ser tomada pelo vazio, que não quer ser expulsa pela dor, que não irá se render sem luta. Este pouco de mim que ainda resta cada vez parece menor e mais fraco, mais ainda assim o que me mantém vivo é esse maldito pedaço de mim chamado esperança.

Por muitas vezes quero me render ao vazio e matar minha esperança, para, quem sabe, a dor deixar meu peito, mas minha esperança se mostra forte e continua me mostrando que o que devo continuar a fazer é lutar. Que tenho motivos, e que esses motivos fazem toda a diferença e valem toda a dor que essa luta causa. E ela tem razão.

Continuo a lutar contra esse vazio, que por vezes é mais forte que eu e me faz mergulhar num fosso de dor e solidão. Mas por vezes me sinto mais forte, e consigo não me abalar tanto aos avanços do vazio e da dor. Sobrevivo nessa constante luta sem sentir que tenho avanços e sem saber ao certo o que fazer. Tudo que sei é que tenho que lutar.

Hoje esse vazio me leva minhas conquistas, meus sonhos, minha fome e meu sono. Rouba minha vontade de viver e toda a minha felicidade. Tenta acabar com tudo que resta de mim e me lançar para a morte (por mais que a morte apenas me olhe triste lembrando que não é chegada a minha hora derradeira). Mas não é isso que me traz a lutar...

Não luto para minha felicidade. Não luto para que me sinta vivo de novo. Não luto porque quero me mostrar forte. Não quero nada para mim.

Luto porque não posso me render a injustiças, porque não posso aceitar as coisas ruins que a vida as vezes nos impõe, porque não posso desistir de tudo que amo.


Lutar, lutar, lutar. Dói, cansa, mas é tudo que posso e tenho a fazer. E enquanto a vida ainda habitar esse meu corpo, por mais que as forças me deixem completamente, por mais que a dor se torne insuportável continuarei a lutar.