sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ele está lá, parado e onisciente apenas tentando entender.
Diria que experimentando o silêncio pelo menos uma vez, sentado em cima do muro como todos os demais.
Mas quanto tempo isso irá durar?
Sentindo a falta de suas palavras, essas doces palavras pelas quais ele sonha em ganhar a vida
Ele apenas se coloca digno de sua própria pena.
E nesse sufocante silêncio ele desaba, pois se as pessoas anseiam por respirar, ele se vê apenas a gritar.
Isso mesmo ele se pega a caminhar alardeando aos quatro ventos suas opiniões e ficções.
Se alguém ouve ou não pouco irá importar, já que o importante na vida desse pobre insano preso em sua sanidade é ao menos falar,
Falar, falar e falar e em muitos casos até mesmo gritar para que um dia sua alma possa ao menos descansar.
E no dia em que sua voz finalmente vir a falhar, bem, nada mais irá importar, pois nada mais triste que esses pobres “homens sem palavras” que se ponham a caminhar.
Eu penso então logo existo...Mas entre esse inexorável ato me pergunto o por quê de existir? Ou até mesmo o porquê de pensar? Sinceramente raramente vejo uma grande vantagem nesse falho ato de pensar, já que vivemos em um mundo em que o melhor pensamento de todos é o não pensar, sempre empurrados por essa correnteza nunca questionando, nunca entendendo, porém sempre aceitando e mais uma vez acabo por perguntar o porquê de tudo isso?

Culpamos os políticos por suas eternas denuncias omissões e em muitos casos roubos, mas esquecemos de quem deu tamanho poder para tão desprezíveis pessoas. Culpamos o desemprego, a analfabetismo, muitas vezes a falta de oportunidades, mas não levantamos um só dedo para tentar algumas mudanças. Culpamos Deus ou qualquer entidade pelos erros q acabamos cometendo simplesmente para fugir da carga que cairá em nossas costas...

Confesso que entre todos os conformistas, insensatos, covardes sou um dos piores, mas entre dias e noites acabo de me perguntar por quê não mudar? Eu penso e eu existo, ninguém é mais responsável por minhas atitudes do que aqueles q vós escreve nesse instante. O porquê de escrever esse texto agora? Acho que finalmente reconheci essa imensa beleza em tão simples expressão, esse simples “por que” que em nossa tão distante infância já foi companheiro inseparável, esse que em cada instante acaba por florescer nossa curiosidade e conhecimento, pois é , acho que sou um dos gratos por ter tão rico companheiro presente eternamente, ele que entre todos é o maior culpado por escolhas e carreiras e que entre todos há de ser quem me dá mais forças para encarar esse desconhecido. E eu o que vou fazer? Acho que vou acabar de me prender nesse eterno “por que” e até o fim dos dias tentar simplesmente entender o porquê de tentar achar as repostas para as perguntas que o tempo ainda há de esconder...